História e Homenagem
Com 120 anos de percurso de vida, o Solar Egas Moniz apresenta características arquitectónicas tradicionais de uma casa de habitação de proprietários abastados da época e localiza-se próximo da Casa do Gaiato e do Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa, sendo este uma peça importante na estratégia de apresentação do Solar Egas Moniz, uma vez que este edifício é um dos ex-libris da Rota do Românico, patrocinado pelo Aio de D. Afonso Henriques, Egas Moniz, e que dista 100 metros do Solar Egas Moniz. É pois em sua homenagem o nome deste solar.
A História portuguesa está também patente na zona geográfica onde se insere o Solar, nomeadamente no percurso e descoberta da “Rota do Românico”, ponto de partida para uma viagem repleta de cultura e património.
Tendo por base os feitos históricos de Egas Moniz, Aio de D. Afonso Henriques (o primeiro rei de Portugal), o conceito da “palavra” assume primordial importância. Egas Moniz deu “a sua palavra” ao Rei D. Afonso VII em como Afonso Henriques lhe prestaria vassalagem, evitando assim a continuação do cerco da cidade de Guimarães. Mas perante o incumprimento da sua “palavra”, colocou a sua vida (e da sua família) nas mãos do imperador da Hispânia, que impressionado com tamanha honra, lhes poupou a vida. Este episódio foi revelador da sua honra, lealdade, humildade, mas também da sua coragem, sabedoria e altruísmo.
As virtudes de Egas Moniz servem de mote à denominação dos quartos da Ala Histórica, zona reconstruída do Solar, fazendo assim a ligação às origens e História de Portugal, de grande e reconhecida riqueza. Luiz Vaz de Camões, na sua obra “Os Lusíadas” no canto III, retrata este episódio de Egas Moniz, eternizando assim este ato de grande “coragem, lealdade e altruísmo”.